Hoje pela manhã eu estava aqui dando aquela limpada básica na minha caixa de emails, e de repente plin plin... Um email bem antigo.
Momentos após a guerra entre os impulsos de clicar ou não. Resolvi abrir e ler tudo de novo.
Descrevendo uma breve retrospectiva de vários momentos, o remetente fez com que passasse um filme em minha cabeça, pude dar replay em alguns daqueles denominados “melhores momentos”, sorrir, relembrar e pensar... Eu gosto de relembrar as coisas!
Chamou-me muito a atenção, quando no final do texto eram destacados trechos de músicas que costumávamos ouvir no carro, com o volume no máximo, enquanto descíamos a serra do cadeado tomando vento na cara, e se “empanturrando” de guloseimas.
Pensei na infinidade de pessoas que passam na vida da gente. Algumas com propósitos tão únicos. Causam-nos experiências indescritíveis, nos ensinam coisas que não aprenderíamos com outras, nos arrancam suspiros, sorrisos, gritos ou lágrimas e se vão.
Todos, por bem ou mal nos ensinam algo. Por exemplo, um “carinha” que eu era super afim. Ele me ensinou que por mais interessante e atraente que eu fosse, nem todos os homens gostariam de ter a minha companhia, e isso incluía ele. Ta! É algo natural, mas até eu descobrir isso, eu tinha sérios problemas com a rejeição.
Com uma amiga ogra, eu aprendi que por mais duro e frio que alguém possa ser. Acredite! Sempre existe um Shrek a espera da sua Fiona, e nessa de “cada panela tem a sua tampa”, até as frigideiras ganharam uma.
E quando o até então, denominado “Deus grego” apareceu, eu aprendi que sim! Eu sou uma mulher interessante, atraente, divertida, mas... Outro dia eu conto essa história.
Ninguém consegue prever que daqui alguns instantes, aquele momento poderá ser nada mais que lembranças. Ou melhor, quem dirá que daquela brincadeira, daquela saída, daquele romance passageiro, daquele cinema, daquela amizade de férias de verão, iremos extrairexperiências impostantíssimas das quais levaremos pra sempre conosco.
Que de tantos milhares de pessoas que conhecemos algumas delas nunca mais veremos, que oportunidades em determinados momentos são únicas.
Não é saudosismo nem nada, mas em era de redes sociais, e malditos whatsapp’s , não se consegue mais extrair essa essência dos momentos.
Se eu saio com meus amigos, no mínimo uns três estão ali conectados assiduamente, e a importância do olho no olho, e o “téti a téti” ficam pra depois do check-in no foursquare.
Não é apelo nem nada, mas eu prezo por ler mais emails assim, que me fazem cair na caixa das lembranças e resgatar tanta velharia que eu nem imaginava existir.
“... E teus amigos ficarão espantados de ver-te rir olhando o céu. Tu explicarás então: Sim, as estrelas elas me fazem rir! E eles te julgarão louco. Será uma peça que te prego”
Que possamos viver com mais “tesão” pela vida e pelas pessoas que passam por ela, que saibamos apreciar os momentos que nos são dados como presentes, e ao olharmos nos olhos de alguém tenhamos coragem suficiente pra dizer: _Eu não sei se no próximo natal passaremos juntos novamente, mas não tenha dúvidas que esse foi o melhor da minha existência, o céu estava estrelado, e eu nunca tinha parado pra olhar as estrelas. Obrigado por me apresentá-las.
